sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

LGBTzices


Sei que é um tema controverso e sei que vou ser criticada pelo que vou e escrever aqui. Sei também que o que vou escrever pode parecer uma ofensa às associações que se esforçam por lutar pelos direitos dos homossexuais e quero desde já dizer que estou com elas e que as apoio em tudo o que possam fazer e em tudo o que possam precisar.
Posto isto, penso que ainda falta conquistar muito. Ainda falta subir muitas montanhas, que até agora estão nem por metade. Mas uma coisa que me faz confusão não é ser-se gay (e os que me conhecem, sabem que não é este o problema) é fazer-se do ser-se gay uma militância. Muitas vezes tenho tido conversas acerca disto e as opiniões divergem. Penso que não é tendo um post-it na testa que se sensibiliza as pessoas para o assunto. E quando falo em post-it, falo em marchas gay.
Que fique claro que eu compreendo o objectivo delas. Mas continuo a achar que é inútil e acho que não é chocando dessa forma que se consegue atingir o objectivo principal: respeito.
O respeito pode atingir-se com pequenas coisas. Por exemplo, não vejo qualquer tipo de erro em dois/duas homossexuais se beijarem na rua. Acho que devemos chocar um bocado susceptibilidades, um bocado todos os dias, de vez em quando, mas em grande massa não resulta. Neste caso, como é óbvio!
Não apoio as marchas LGBT. Apoio sim as acções individuais.
Conservadora? Não acho. Acho que o respeito é uma coisa lenta, acho que 1000 chamas de atenção valem muito mais e mudam muito mais gente do que uma enorme chamada de atenção durante umas horas.
Próximo post: Mimesis e Catarsis