E isto não me acontecia! Não me acontecia antes de entrar no curso.
Também dei por mim a ficar cada vez mais dramática, mas mais descontraída. Descontraída no que respeita às obrigações académicas, mas dramática no que respeita às relações interpessoais.
Também tenho pensado (e discutido) o facto de haver ou não uma pessoa "destinada" ou reservada, para ser mais soft, para cada um de nós. E no caso de haver, será que é recíproco? Será que existe mesmo o amor da vida das pessoas? Às vezes tenho as minhas dúvidas. Aliás, choro (lá está o dramatismo!) por isso. Quando me ponho a pensar e a misturar conceitos que li ou que aprendi nas aulas, é o caos. Não aconteceu quatro ou cinco vezes. Foram dezenas, este ano! Uma dor insuportável por uma coisa que não existe! Uma dor que se transforma em lágrimas e essas lágrimas são a manifestação do vazio que eu acho que vai ser eterno.
Claro que não é por isso que deixo de sonhar e de acreditar que um dia isso vai acontecer. Mas se acontecer tudo como eu quero e depois a outra pessoa se for embora, como que já tivesse cumprido o seu papel?
Porque se não, se for assim, o caso muda de figura! Deixem-me estar nos meus sonhos, obrigada.
Tenho uma amiga que diz que enquanto eu pensar e viver obcecada com isso, nada vai acontecer. Olha pois obrigadinha, mas eu não posso deixar de pensar, se não parece que me é indiferente. Talvez eu deva mesmo aprender a viver com a situação e pronto. Assim, aceitava isso em mim e preenchia com a única mulher neste mundo que me pode preencher: a Filosofia.
Mas eu já me adiantei e já cheguei a esta conclusão no outro dia. Como decidi manter um compromisso com ela, agora tenho um colar com uma pequena coruja, que não tiro por nada.
Não vá a Filosofia abandonar-me também.