segunda-feira, 12 de março de 2012

Este blogue

Pela necessidade de enviar um post meu, antigo, a uma pessoa, percorri a minha lista de posts publicados. Engraçado que de toda ela, de todos os 200 e muitos posts, guardaria, no máximo, uns cinco. Tem piada também que este mesmo post que estou a escrever acabaria por ir na lista dos posts que já não fazem sentido. Muitos deles são reflexões do momento, que se eu tivesse esperado mais uma semana, mais um ou dois meses, elas deixariam de fazer sentido, porque as respostas estavam à minha frente. Outros são lamentos de adolescente, que na altura achei estarem muito bem escritos, que mereciam a pena a publicação. Dei-me conta que este nunca vai ser um blogue de excelência e pode ser que um dia, mais velha, crie um blogue como deve ser, cheio de reflexões estruturadas. 

A verdade é que este blogue vai ser para sempre 'o' blogue. Foi aquele que criei quando entrei para a universidade e é o meu entretenimento diário. Há vezes em que estou a estudar e simplesmente não me apetece. Não me apetece nada a não ser escrever aqui, baboseiras, muitas vezes, mas só escrever. E o que mais gosto é de escrever sobre pintura, sobre livros ou sobre sítios - que por acaso nunca aqui fiz, por ter algum receio que me achem presunçosa.
No entanto é muito engraçado receber mails de pessoas que eu não conheço de parte nenhuma a pedirem-me opinião sobre algumas coisas, ou alguns conselhos sentimentais. Mais engraçado ainda é saber que tenho visitas diárias de anónimos: e, sem eu mesma saber quem são, fico quentinha por dentro por alguém estar interessado (ou potencialmente interessado!) no que eu escrevo. Quero dizer, se este blogue fosse uma porcaria, o número de leitores não aumentava a cada mês, não é? 

E pronto, chega de considerações, o que eu quero dizer é que escrever aqui me causa uma felicidade imensa e por isso, creio que nunca vou deixar este lugar, que é meu.


Próximo post: Mimesis e Catarsis