sábado, 14 de abril de 2012

Campos energéticos pessoais

Há crenças que tenho que são totalmente injustificadas. 

Nunca mais me esquecerei de um dia em que estava numa aula e o professor disse: Sto. Agostinho não era dogmático (e nesta altura eu fiquei a olhar com cara de parva). Dogmáticos são aqueles cujas crenças não são justificadas e Agostinho justificava-as muito bem.

E aí, foi como se se tivesse feito luz. Fez-me sentido e apercebi-me que a dogmática era eu sobre a maioria das coisas em que acreditava. Não é que me sinta obrigada a pensar sobre tudo o que me rodeia - ou melhor, não é que não queira pensar em tudo o que me rodeia, porque quero - mas parece que há um certo prazer na crença sem justificação. Calculo que seja esse prazer que os religiosos sentem quando experienciam a fé, que para mim é uma simples constatação de que acreditam no injustificado e sentem prazer com isso.
É certo que não é este tipo de pensamento que se deve esperar de uma aprendiz de filósofa como eu. Mas em minha defesa tenho a dizer que aquilo em que creio e que não se demonstra é algo mais sentimental. Costumo acreditar que cada um tem um campo energético - o que está mais ou menos comprovado, creio - mas depois esse campo tem uma determinada frequência. As frequências são detectadas por os que estão à nossa volta e têm influências umas sobre as outras. Por exemplo, se eu tenho um campo com a frequência x e a minha amiga tem frequência y e um bocadinho da x, então à medida que ela vai estando comigo, a sua frequência vai-se transformando em x. E aí reside a minha tese de por que é que os nossos humores mudam tão facilmente quando estamos com pessoas tristes ou com pessoas felizes. De maneira que eu penso que temos que fazer o possível para que o nosso campo energético tenha sempre frequências positivas, mas sem nos deixarmos enganar. Porque se é verdade que as frequências positivas influenciam outras frequências mais neutras ou um bocadinho negativas, também creio que as negativas muito fortes são capazes de influenciar as positivas e de as deitar abaixo. 
Com certeza já aconteceu a muita gente esforçar-se por ajudar um amigo deprimido e a certa altura começar a ficar triste cada vez que está com esse amigo. Posteriormente, já nem sequer querer estar com essa pessoa nos apetece. E eu acredito que tem tudo a ver com influência do campo energético. Claro que não terá SÓ a ver com isso.

Quer seja verdade esta teoria, quer não seja, a verdade é que a felicidade atrai felicidade. E eu acredito que sorrir para as pessoas na rua sem razão aparente vale a pena. Faço-o quando me lembro e gosto de receber sorrisos de volta :) Mesmo que a minha crença seja totalmente injustificada.


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