E mais um dia se passou. Por culpa do Pilão, estou a ouvir a Home, do Bublé. Não o oiço muito, mas esta música faz parte de mim, por alguma razão.
Ao longo dos anos, tenho tido muita dificuldade em definir o que é lar. O que é a casa, onde é a minha casa. dado que nasci num sítio, vivi a minha vida noutro e passei o tempo de um lado para o outro... Não sei muito bem. Às vezes acho que a minha casa é onde estou no momento, outras vezes acho que é o sítio para onde me apetece ir sempre que me sinto em baixo. Mas se seguirmos por esta lógica, umas vezes apetece-me ir para casa da minha mãe, outras para a casa dos meus amigos... Leva-me a crer que "lar" é onde estão as pessoas de quem gosto. Porque querer voltar (ou ir) para uma casa vazia não é ir para casa. O conceito é muito mais abrangente que um mero local. Talvez por essa razão eu não identifique a minha casa com o sítio onde nasci, se bem que lá tenho pessoas de quem gosto muito.
Porém, não tenho dúvidas de que se as pessoas com quem cresci e que são determinantes na forma como eu defino as emoções se mudassem para um local longe, eu acabaria por me juntar, embora tenha este lado todo aventureiro. É verdade que o facebook cria um aconchego. Mas um aconchego é um aconchego, não é a realização total.
Tenciono não viver aqui em Portugal, mas tenho dúvidas sobre onde vou passar as minhas férias no futuro. No entanto, já tenho a resposta em mim: vou onde estiverem pessoas com quem eu quero estar. O local propriamente dito... é secundário.
