sábado, 15 de outubro de 2011

Cartas

Láura depois de uma lipoaspiração às coxas.
Hello everyone! Hoje é dia de vos falar sobre cartas. Aposto que não há ninguém que esteja a ler este texto e que nunca tenha recebido uma carta. Se por acaso nunca recebeste, exige que alguém te escreva uma carta e depressa. Não, não é um mail, é mesmo uma carta. E de certeza que essas pessoas sentiram que o mundo delas estava a ficar mais completo com a dita. Eu também sinto isso quando recebo. Mas o melhor de tudo é saber que a pessoa escreveu aquilo numa determinada ocasião, num determinado tempo e esse tempo é posto para dentro de um envelope, selado e enviado até nós. Sinto sempre que uma carta é como uma cápsula temporal. Pensar que a pessoa investiu o seu tempo e o seu dinheiro (e melhor que tudo, o seu pensamento em nós durante uns bons minutos...pelo menos!) para nos escrever. Depois, vem a parte da leitura. A parte em que lemos e nos sentimos a levitar. Um conjunto de ideias novas ali condensadas numas quantas folhas de papel. O próprio papel até tem um cheiro diferente. Muitas vezes, somos levados a pensar que o papel tem o cheiro da pessoa que o escreveu (ou que nele escreveu) e ficamos todos melancólicos, a pensar quão bom deve ser estar ao lado da pessoa e todas essas nhanhanhazices. O resultado: projectamo-nos até lá e ficamos que nem uns perdidos, deitados na nossa cama, nesse sítio. 
Normalmente tenho inveja das cartas que recebo. É uma chatice pensar que elas já estiveram com a a outra pessoa e eu não pude estar. As parvas são umas sortudas. Se por acaso têm saudades de se sentirem acompanhados por alguém que não está presente, escrevam agora uma carta (e recomendem-lhe o link para este post, vá...) a essa pessoa e esperem pela resposta. A coisa chata é terem que pedir a morada por email e isso estraga um bocadinho as coisas. Mas...do mal, o menos! Encontra-se sempre tanta coisa para dizer... Try it!

Quero agradecer os mails (olha eu aqui toda pretensiosa a dizer "mailS" quando na verdade foram três) que recebi ontem no mail do blog - não foram cartas, mas souberam igualmente bem - cheios de palavras não muito simpáticas ao senhor anónimo do post do dia 14. As respostas seguiram individualmente. Pelo Facebook, as coisas também correram bem entre os amigos. De maneira que, senhor anónimo, há um batalhão de gente contra si. Eu continha-me.
Próximo post: Mimesis e Catarsis