quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A experiência da experiência

Lia hoje que Aristóteles dizia que há uma diferença entre teórico e prático. O teórico é aquilo que pode ser passado, é o que é 'ensinável'. O prático é o que é adquirido com a experiência, aquilo que, por mais que se transmita, nunca pode ser integralmente ensinado.
Este raciocínio ficou-me na cabeça durante todo o dia, como que a martelar-me que a experiência não pode ser ensinada, que a experiência não pode ser ensinada, que a experiência não pode ser ensinada.
Parecia de propósito. Se é verdade que temos a experiência da experiência todos os dias, é também verdade que não reparamos nisso.
Se há experiências que são cumulativas e que contribuem para a nossa apreensão futura, há outras que parecem uma paragem no tempo. Como que um marco que não nos deixa progredir, como que uma falha que existe. E para que continuemos a viver, é necessário que passemos por cima dessa experiência, guardando-a num cantinho da nossa memória, longe dos indiscretos olhares diários.

O mais aborrecido é quando sabemos que essa experiência está a ser criada e não há forma de impedir danos futuros em nós.



(Sei que não gostas de aniversários, do teu em especial. Mas no dia de hoje não podia deixar de te dar um beijinho 'oficial' e dizer-te que és mais-que-tudo no meu mundo. E que tudo vale a pena e corre bem quando acreditamos em nós e somos intelectualmente honestos. Gosto muito, muito de ti, 'Maria Ivone' <3)
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