terça-feira, 17 de abril de 2012

Quando te contemplo

Vénus, Botticelli

Eríxias: Muitas vezes, quando digo que te contemplo, vêm-me à memória pinturas. Esta é uma delas. Não é que o teu rosto delicado e macio me faça lembrar qualquer expressão aqui representada. 
Lembra-me a sensação de prazer que tenho ao contemplar uma obra de arte. Se retiro prazer de ti, é porque já antes o tive e por isso, reconheço-o. Assim, se tudo o que aparece na nossa vida não vem ao acaso, tudo aquilo que tenho oportunidade de conhecer e de reconhecer como Belo foi-me posto no caminho para que, tempos mais tarde, me encontrasse contigo. E pudesse estender o sentimento de Beleza ao de Amor.

Diotima: Uma Obra de Arte é, então, Verdade. Assim como o Amor.
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